A pouca popularidade de uma tecnologia inovadora dos Carros Verdes
Os carros verdes, mais conhecidos como Carros Elétricos, não atendem nem 1% da demanda no país. Uma tecnologia de ponta deixada de lado pela falta de interesse político.
Se o governo se movimentasse para maior isenção de nossos impostos, melhoraríamos muito o nosso Brasil, principalmente na questão ambiental. É preciso uma nova política, que taxe o carro elétrico adequadamente, para melhor inserção no mercado.
Existem alguns incentivos aprovados na capital paulista, entre os benefícios aos carros com preço abaixo de R$ 150 mil está a isenção de metade do IPVA, parte que cabe ao município. O que ainda é muito pouco, mas esperamos que as conversas avancem.
Pelo seu preço de venda nas concessionárias, o valor do carro elétrico Prius da Toyota, por exemplo, dá direito ao comprador de sair com o topo de linha do utilitário RAV4 ou uma enorme picape Hilux em versões intermediárias — mantendo as opções apenas dentro da montadora.
Hoje temos, de acordo com números da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), emplacados desde 2006, apenas 2,5 mil carros verdes dentro de uma frota total que gira hoje em torno dos 50 milhões de automóveis.
Considerando pesquisas do setor, a expectativa da Associação Brasileira do Veículo Elétrico é que circulem de 30 mil a 40 mil veículos verdes no Brasil em 2020, o que continua sendo um número pequeno. Desconsiderando o crescimento da frota e aplicada essa porcentagem aos números atuais, os carros híbridos e elétricos representam 0,08% do total no país.
Para especialistas consultados pela revista EXAME, a única forma de mudar o cenário é por meio de incentivo do Estado, com isenção de impostos e benefícios aos potenciais compradores.